Em pleno século XXI, ainda é um desafio assegurar o esgotamento sanitário a todas as pessoas. O acesso à água potável e segura para consumo, saneamento e higiene ainda é limitado.
A nível mundial, a falta de acesso a serviços essenciais coloca em situação de risco, principalmente, a população mais vulnerável, especialmente em áreas rurais. Especificamente em países em desenvolvimento, como o Brasil o saneamento inadequado é uma das principais causas de pobreza, e em grande parte é responsável pela mortalidade prematura e de outros impactos na saúde pública. Os riscos para a saúde pública estão associados a fatores que podem ocorrer em áreas urbanas e rurais, os quais podem ser minimizados ou eliminados através da utilização adequada de serviços de saneamento.
No contexto brasileiro, segundo informações da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON), cerca de100 milhões de brasileiros não têm acesso à coleta e tratamento de esgoto, e 35 milhões não recebem água tratada nas suas casas(Instituto Trata Brasil, 2022). A falta de saneamento básico é responsável por aproximadamente 4,2% do total de doenças registradas, levando a sérias consequências para a saúde pública.
No Brasil, estima-se que essa carência cause a morte de 11 mil pessoas anualmente (IBGE, 2019). As doenças decorrentes da ausência de saneamento incluem a diarreia, que sozinha foi responsável por mais de um milhão de mortes. Em segundo lugar, as infecções respiratórias agudas associadas à higiene inadequada das mãos também representam um risco significativo, contribuindo para cerca de 356.000 mortes (IBGE, 2019). Estudos apontam que, a cada R$1,00 investido em saneamento resulta em uma economia de R$4,00 em saúde, ressaltando a importância de investimentos nessa área para prevenir doenças e preservar vidas.
Neste sentido, a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), ligada ao Ministério da Saúde e com experiência contínua em iniciativas de saneamento no Brasil, empenha-se em mitigar esses riscos. A atuação da Funasa abrange a implementação de ações de saneamento básico, guiadas por critérios epidemiológicos, socioeconômicos e ambientais. O foco dessas ações é promover e proteger a saúde, considerando aspectos amplos que vão desde a saúde pública até o bem-estar social e as condições ambientais.
As ações de saneamento desempenham um papel crucial na preservação da saúde, impactando positivamente em diversas áreas. Ao garantir o fornecimento contínuo de água de qualidade para consumo humano, essas medidas contribuem significativamente para a redução e controle de doenças como diarreias, cólera, dengue, febre amarela, hepatites, entre outras. Além disso, o saneamento adequado inclui. A implementação de medidas de saneamento contribui para diminuir a ocorrência de doenças como febre amarela, dengue, toxoplasmose, leishmaniose, entre outras. Dessa forma, realizar investimentos em saneamento não só melhora a qualidade de vida, mas também desempenha um papel crucial na prevenção de diversos tipos de doenças, trazendo benefícios significativos para a saúde da população.
Dessa forma, nós do Projeto Proágua Rural, temos como objetivo promover a sustentabilidade, através de ações estruturantes. Adotando estratégias para contribuir com a capacidade de planejamento e gerenciamento quanto à melhoria contínua nos serviços de abastecimento de água nos territórios do Semiárido brasileiro. Entendemos que, a disseminação da informação é crucial para que haja uma conscientização dentro da população sobre os direitos humanos em relação ao saneamento básico e a saúde pública.
Nesse sentido, o Programa respeita as particularidades sociais, econômicas, culturais e ambientais desses territórios, de forma que a população possa se apropriar das tecnologias e geri-las a longo prazo, de maneira sustentável.