Atualmente, o Brasil passa por uma das maiores crises hídricas de sua história, colocando em situação de extrema vulnerabilidade social uma imensa gama de brasileiros, com destaque para a população rural, que vem sofrendo com as longas estiagens, uma vez que a pluviosidade recente não tem sido suficiente para a recuperação dos prejuízos causados pela seca. A negligência histórica com o abastecimento de água nas zonas rurais do Semiárido gerou um grande passivo que precisa ser vencido. Esse problema crônico motivou diversas esferas do governo, a exemplo da FUNASA, a investir em políticas públicas que visam atenuar esse déficit e melhorar a vida do sertanejo.

Diante disso, realizou-se amplo levantamento sobre a existência e funcionamento de tecnologias alternativas de abastecimento – SACs e SSAAs, tidos como medidas estruturais, implantados pela FUNASA em localidades rurais no Semiárido. Segundo os dados do WASH – Rotary Action Group, mais de 50% das SACs implantadas em zonas rurais tiveram taxa de insucesso, estando em situação de abandono, inoperantes ou com problemas de funcionamento por falta de medidas após a implantação da tecnologia – as chamadas medidas estruturantes.

Nesse contexto, surge o PROÁGUA RURAL, que é direcionado para as ações de apoio à gestão em saneamento em comunidades rurais no Semiárido para a promoção da sustentabilidade dos SACs e SSAAs. Através de medidas estruturantes, nos eixos de Educação e Participação Social, Tecnologia e Gestão, o Projeto se propõe a garantir a sustentabilidade das citadas tecnologias alternativas de abastecimento rural e, assim, melhorar a qualidade de vida da população.